Falar de amor não é fácil pois quase sempre caímos no lugar comum, e o que pode ser pior, nos tornamos piegas. Porém, acho que vale a pena correr esse risco. É por uma boa causa. Afinal, o amor é mágico e sedutor. Ele estimula a saúde mental, física e até psicológica e faz bem a pele e a alma. Por ele fazemos loucuras e besteiras, e voltamos a ser adolescente e até um pouco criança.
Alguns amores adormecem, outros permanecem ativos para sempre, e existem os que crescem a cada dia. Há amores que não suportam meio- dia, e os que são puras poesias.
Existe o amor de carnaval. Faz aquela festa, e por qualquer bobeira termina em cinzas, antes de muitas quartas- feiras. Há o amor bossa – nova que traz uma batida diferente e gostosa ao coração da gente, e é leve e suave com barco a vela. O amor de samba possui uma cadência e efervescência que balança todo o nosso corpo. O de rock possui “ uma pegada forte", eletrizante e umas deliciosas e necessárias liberdade e rebeldia.
Existem os amores das estações: O de primavera floresce até entre pedras e tem cheiro de flores de campo em um belo entardecer, e várias cores e sabores. O do verão é quente, faz transpirar, provoca sede e nos deixa com poucas roupas. O de inverno pede aconchego,um cobertor de orelha,um meia grossa para o pé frio e, desperta arrepios debaixo do ededron. O de outono se renova e envelhece com a gente.
Conheço o amor verde;que não dá folga, que sufoca, que atropela e não sabe ouvir. Por outro lado, existe o amor maduro que supera as dificuldades, respeita a individualidade, reconhece os defeitos e os supera com as qualidades; que sabe esperar, e acima de tudo é um bom ouvinte.
É verdade que muita gente procura o amor com único caminho para a felicidade. Eu não aprecio muito essa ideia, pois acho que o amor não se procura, na verdade é ele que nos encontra. Sim, ele nos encontra numa curva de rua, numa fila de banco, num esbarro no supermercado, numa mesa de bar, num baile de carnaval, num elevador, numa festa,enfim em qualquer lugar, basta estarmos de coração desarmado. E quando isso acontece, o olhar e os movimentos dos lábios dizem mais do que mil palavras ou frase e, muitas vezes mais sinceros. E você meu caro leitor (a), já descobriu que tipo de amor é o seu?
Texto: Roberto Passos do Amaral Pereira
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