VIDA POÉTICA
O poeta
míope pela fantasia
e poesia,
olha o próprio umbigo
nas páginas
do livro do cotidiano.
Repousa os olhos cansados
e marejados
no horizonte,
à beira- mar da saudade.
Dorme com o
irmão
e o inimigo da
solidão.
Encara
desafios.
Lê as linhas
das mãos.
Nomeia
estrelas.
Arranca o
dente siso.
Beija a lua.
Equilibra-
se no meio- fio.
Paga o dízimo
da desilusão.
Atravessa a
outra margem do rio.
Mergulha no abismo
das incertezas.
Toca melodias
de fé no violão,
e profanas
no piano.
Vê beleza e
delicadeza nas coisas simples.
Corre atrás
do rabo da felicidade.
Sonha morrer
de prazer
e florescer
de amor.
Texto: Roberto Passos do Amaral Pereira.
Imagem: google
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